sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Parte 9 Para nascer algo temos que deixar outras morrerem...

Capitulo 9


Na faculdade eu me senti um pouco deslocado , pois não conhecia ninguém e estava meio nervoso pois sempre sonhei com aquilo e o que me dava forças era saber que o Yago iria estudar juntinho de mim, mas quando fomos procurar as salas:

-Poxa! Você ficou no prédio II

-Há Léo só vamos ficar em turmas separadas por um tempo depois pedimos transferência para a mesma turma!

-É você tem razão

Na minha sala de aula a galera era muito animada e logo de começo fiz amizade com todo mundo e ninguém se importava com minha opção sexual, claro também não ficava dando sopa para todo mundo sacar e assim estávamos eu e Yago curtindo as nossas turmas até que ele me disse:

-Minha turma vai fazer um churrasco!

-Maneiro e vai ser quando?

-Sábado, vamos?

-Pode ir gente de fora?

-Pode!

-Beleza então.



Quando cheguei em casa na sexta minha mãe estava sentindo muitas dores e fiquei preocupado mas ela me pediu que eu fosse para o churrasco pois era normal e conseqüência de sua doença sentir fortes dores, eu me senti por um tempo meio acuado pois nunca ví minha mãe reclamando de dores fortes mas ela me pediu bem firme e disse que iria se sentir pior se eu ficasse em casa com ela pois saberia que eu estaria perdendo uma festa com amigos. Mesmo contra minha vontade liguei para o Yago que combinou de me pegar.

Fomos passar na casa de um tal de Tiago que era amigo da turma do Yago e iríamos dar carona a ele, Tiago era um menino fortinho e metido a valente logo quando entrou no carro me olhou e fez o seguinte comentário:

-achei que você era da turma de moda

-não, moda ta por fora!



Saquei qual era a do cara mas fingi não me importar com as piadinhas dele que a cada momento ficava mais e mais irritantes, lá no churrasco tinha umas duas garotas de minha sala e acabei ficando conversando com elas pois os amigos de Yago a cada momento faziam hora com minha cara e Yago parecia nem perceber, lá pelas tantas da tarde fui pegar uma cerveja e um cara chegou perto e disse:

-você esta com a mão limpa?

-Não

-Tem problema não , pode dar uma pegadinha com a mão suja mesma

-Sai fora cara, acha que tenho mal gosto? Sei o que presta e o que não presta



Naquele instante o cara apenas deu as costas e voltei para a mesa que estava e voltei a conversar com as meninas, quando notei o tal cara havia voltado com mais três rapazes e disse:

-aê VIADÃO! Vamos ensinar você a virar homem

-deixa ele quieto gente!

-Calma gatinha, não é contigo a parada.

-Deixa Isabela! Vou pegar minhas coisas e ir embora!

-Embora nada, vamos ensinar você a tratar um macho como macho



E naquele instante só senti uma forte dor no rosto e fui caindo ao chão e levanto chutes e pontapés , até que as meninas começaram a gritar e pedir ajuda até que Yago perceber e correu e tentou me ajudar mas os caras eram maiores e só me lembro de ter escutado a seguinte frase: “ ele vai acordar daqui a pouco”

-onde estou?

-Hospital , calma eu estou aqui com você

-Minha cabeça esta doendo

-Calma Léo tenta não falar...

Fiquei metade do dia em repouso e Yago se sentiu totalmente culpado por não ter ficado o tempo todo comigo no churrasco e me fez a seguinte promessa:

-aconteça o que acontecer, sempre vou estar com você!

Naquele momento me senti curado de todas as feridas do mundo e forte para mais outra surra, voltando para casa apenas disse para minha mãe que fui andar de moto e a moto virou, minha mãe não conseguia mais dizer muita coisa, até que me pediu que colocasse no som o CD da Simone e sentasse ao seu lado:

-Léo, quando você nasceu... senti que estava ganhando o maior presente de todos...

Não entendia porque minha mãe estava escutando a canção Yolanda e com os olhos cheios de lagrimas me abraçou e cantou : “ Essa canção não é mais que mais de uma canção, quem dera fosse uma declaração de amor, romântica , sem procurar a justa forma, do que me vem de forma assim tão caudalosa...”.

E dentre sussurros minha mão foi dizendo:

-vivi anos para você me sinto orgulhosa de ter o filho que tenho

-mãe do que a senhora está dizendo, o que ta acontecendo?

-... te amo! Te amo! Eternamente te amo...

-Promete-me uma coisa?

-O que a senhora quiser

-Que você vai sempre sorrir ao lembrar da tua mãe e ser feliz?

-Sempre que me lembrar de algo bom irei me lembrar de minha mãe

... se me faltares nem por isso eu morro, se é pra morrer quero morrer contigo...

-Léo chegou minha hora...

-Não mãe!! Por favor não!!

-Você tem que ser forte e lutar pela sua vontade

-quem vai me fazer carinhos? Quem vai me dizer te amo? Quem vai me proteger de agora em diante?

... minha solidão se sente acompanhada, por isso às vezes sei que necessito...

-mãe não morre, você não pode me deixar, não agora! Eu preciso de você

-sempre vou olhar você, sempre estarei de guardando, sempre serei seu anjo...

- você não pode me deixar!

... teu colo, teu colo, eternamente teu colo...

-Léo quero terminar minha vida cantando para você...

-Mãe te amo!

-Também amo você ... quando te vi eu bem que estava certa, de que me sentiria descoberto, a minha pele vais despindo aos poucos, me abrisa o peito quando acumulas, de amores, de amores, eternamente de amores..

Naquele instante apenas senti seu ultimo suspiro sem completar a ultima parte da música...

Liguei para Yago e ele juntamente de seus Pais vieram para minha casa, D. Márcia providenciou o velório e o pai de Yago pagou o funeral, naqueles dias eu estava totalmente sem chão, havia perdido metade de minha vida, a pessoa que me dava forças, luz e paz , por instantes pensei em me matar e voltar para os braços dela, Yago tentava me dar forças mas não queria mais viver, viver sem amor? Sem ninguém ao meu lado? Já não tinha mais família, acabava de ter sido espancado por um bando de loucos e nada mais me fazia sentido em viver até que tomei a minha decisão final, tomei todos remédios para dormir e fui para praia, a conhecidencia foi tanta que naquele momento a Sara estava passeando com seu noivo e me viu deitar na areia da praia e ligou para Yago que rapidamente chegou ao local que eu estava:

-Léo!

-Vai embora Yago me deixa!

-Não vou deixar você fazer isso!

-Deixa-me morrer, por favor!

-Porque isso Léo?

-Não consigo mais viver, sinto muita falta de minha mãe... esses 2 meses estão sendo muito difícil para mim...

-Léo! Poxa eu prometi que sempre estaria contigo!

-Perdi a única pessoa que me fazia carinho, que me dava amor...

-Nada disso!!

-Como nada disso? Você tem mãe , tem pai... e eu? Quem eu tenho?

-Você me tem Léo!

-Não é assim Yago... você é homem... logo vai casar e ter família...e eu? Eu vou ficar sozinho...

-Nunca vou deixar você sozinho...

-Nunca diga nunca... não tenho mais razão para viver...

-Tem Léo! Tem !

-Qual razão você me daria para viver? Qual me diz?

-Nós...

-Como ?

-Nós ... eu e você! Para sempre...

-Yago... não estou entendendo...

-Léo descobri que temos uma única razão para nos dois vivermos... o nosso amor...

-Yago..

-Léo ! te amo tanto! A tempo já percebi isso... tentei fugir deste sentimento mas percebi que estava apenas sendo tolo comigo mesmo, mas percebi que você é minha vida daqui pra frente e que quero ser único contigo...

Aquelas palavras me fizeram viver novamente, olhei para o céu e uma enorme estrela brilhava... era minha mãe... abracei Yago e o beijei como se estivesse tento o ultimo dia de minha vida e a cada beijo meu coração me fazia sentir totalmente livre.

Estávamos fazendo 6 meses de namoro e tudo estava acontecendo aos poucos, já havíamos conseguido transferência para a mesma sala de aula, já não ligávamos mais com as brincadeiras de que éramos um casalzinho, dávamos risadas pois eu estava vivendo uma nova vida ao lado da pessoa que eu amava, estava me sentindo forte e pronto para tudo na vida a única coisa que havia entre a gente era cumplicidade e isso fazia um ser muito dependente do outro, apesar de termos 6 meses de namoro o sexo ainda não havia acontecido pois Yago não se sentia pronto e eu sempre procurei respeita-lo até que numa noite brincando em sua casa acabamos nos entregando um ao outro:

-Léo, vamos fazer um jogo erótico?

-Como assim Yago?

-Vamos escrever num papel o que um faria com o outro e o que cair nos fazemos ok!

E com essa brincadeira foi no dia 23 que fizemos nosso primeiro sexo, um dia especial não me esquecendo nunca da importância um do no outro em cada vida, era como se estivéssemos vivendo somente para a gente que o mundo em nossa volta não tivesse mais razão, estávamos fortes e certos de que queríamos muito um ao outro e assim levamos nosso amor às escondidas até as férias dezembro aonde combinamos uma viagem a Caldas novas local o qual tínhamos muita vontade de passar nossas férias.

2 comentários:

  1. Ainn.. adoreiii! Porém mo triste x.x ... mais o final foi lindo !!! Parabens pela história até aqui rs... não perco uma.. kkk deu pra perceber né? kkkk

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  2. Tadiiinho, admoestei...mas ainda bem q depois deu uma pixxxcada!!! Hehehe... =D

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