Parte 4 Novos Rumos...

Capitulo 4

Após perceber que Sara estava entregue de vez a Yago e que agora os dois teriam mais tempo e motivos para se curtirem, Léo resolveu procurar fazer novas amizades e de preferência com rapazes que fossem gays como ele...

As aulas estavam prestes a começar e todos estavam combinando de estudar na mesma escola com exceção de Léo que havia dito que iria estudar em outro bairro, e que lá tinha amigos o Helio e o Daniel, esses amigos de Léo eram como ele e portanto a galera apesar de não comentar preferiam que Léo não andasse com eles pois iria ficar mal falado no bairro. Num final de semana próximo, todos haviam combinado de ir para o Videokê do Zé que era perto do centro mais Léo avisou que não poderia pois havia marcado com seus amigos de ir num bar GLS naquele dia, e foi quando Kamila exclamou!

-Porque não vamos todos ao bar?

-Até parece! Exclamou Yago

-Há vamos amor? Pedia Sara!

Naquela conversa toda resolveram ir, chegando lá Léo ficou surpreso em ver os amigos e ao mesmo tempo meio sem graça, apesar de todos saberem de sua opção não era a mesma coisa, a mais animada era Kamila e Sara que estavam adorando o bar, e muito divertido! e foi quando foram Helio , Daniel , Kamila e Sara para a pista Dançar ao som de Belive da Cher, Léo aover Yago sozinho na mesa perguntou:

-ta sem graça porque?

-Eu? Por nada !

-Ta ficando com uns dos dois?

-Não são só meus amigos

-Não consigo entender como dois caras fazem pra se beijar ou fazer sexo... coisa mais nojenta!

-Nojenta? Nojento é ser um playboyzinho metido a garanhão e acabar a noite num bar gay!

Yago na raiva levantou e deu um murro na cara de Léo que caiu e assim foi formada aquela confusão, discutiram e se ofenderam até Yago dizer:

-Nunca mais fala comigo seu viado de merda, nem comigo nem com minha turma sacou!

Léo ainda meio tonto pelo soco apenas tratava de segurar o sangue que escorria do nariz e dizer aos amigos :

-Vamos embora!

E assim durante semanas na rua ficou aquele clima , Sara só falava com Léo quando Yago não estava por perto e a única a conversar ainda com ele era Kamila que por sua vez teria que se mudar pois o Pai havia conseguido um emprego melhor em outra cidade.

Estava Léo agora de volta como antes, sozinho e sem amigos apenas Helio e Daniel.

Chovia muito e Yago havia passado na escola de Sara que teria que ficar para fazer um trabalho e assim ele partiu sozinho e enquanto passava pela avenida principal quase sem enxergar nada pois a chuva que caia era tão forte pode notar Léo sem sombrinha, e apenas com uma blusa de frio do outro lado da rua, tentando se proteger contra a chuva, Yago apenas olhou e passou direto sem ao menos oferecer uma carona, logo mais a frente deu azar do carro morrer e ficar preso num buraco no meio daquela tempestade, tentou sem muito sucesso pedir ajuda para alguns motoristas que ali passavam e não paravam para ajuda-lo, e foi quando ele escutou alguém dizer : vou empurrar e você tenta sair.

Era Léo que estava todo ensopado e por instantes Yago ficou mudo e respondeu:

-Não precisa!

-Larga de ser otário e vamos logo antes que a chuva carregue seu carro e seja pior!

-Tudo bem!

Com muito esforço Léo conseguiu empurrar o carro para fora do buraco e assim fazendo o carro pegar de vez e o Yago disse:

-Vamos, entra aí!

-Não, não obrigado!

-Larga de ser otário e vamos logo antes que a chuva carregue você e seja pior!

Léo caiu nas gargalhadas e disse:

-Você aprende rápido hein!

E entrou no carro, no caminho Yago quis saber se o nariz de Léo já estava melhor e esse disse que só quando ele espirrava doía um pouco mas nada demais, e assim um acabou pedindo desculpas ao outro e Yago indagou :

-Porque não tomou um ônibus de volta?

-Esse mês minha mãe piorou um pouco e tivemos gastos com remédios e por isso não tenho nem 1 real no bolso!

-E você volta a pé todos os dias?

-É bom que assim faço exercícios!

E caíram os dois nas gargalhada.

Dias se passaram e Yago combinou com Léo que poderia dar carona a ele pois a escola de Sara ficava duas quadras depois da dele e isso não atrapalharia em nada nem mudaria seu rumo, e assim estava de novo a amizade selada, apesar dos caras da rua todos terem ficado de cara fechada com a volta de Léo, não tinham escolha à não ser aceita-lo de volta.